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domingo, 18 de abril de 2010

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior...

O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Um sorriso por ingresso
Falta assunto, falta acesso
Talento traduzido em cédula
E a cédula tronco é a cédula mãe solteira

O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Acordes em oferta, cordel em promoção
A Prosa presa em papel de bala
Música rara em liquidação

E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa
A Luz acesa
Lá se dorme um sol em mim menor

[Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior]

O palhaço pena quando cai o pano
E o pano cai
A porcentagem e o verso
A rifa, a tarifa e refrão
Talento provado em papel moeda
Poesia metamorfoseada em cifrão

O palhaço pena quando cai o pano
E o pano cai
Meu museu em obras, obras em leilão
Atalhos, retalhos, sobras
A matemática da arte em papel de pão

E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa
A luz acesa
Já se abre um sol em mim maior

[Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior]

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tristeza...

Por entre meus pensamentos
Nascem feridas
Negras de paixão.
Meu coração chora
E minha alma está perdida…
Meus lábios sorriem
E meus olhos dizem-se alegres…
Mas oh… só eu sei o que eles sentem,
Só eu sei o quanto mentem…
Todos os poros da minha pele
Suam tristeza,
Não sei se passará,
Não tenho certeza…
Os meus sentimentos
Estão trémulos…
Mas prometi não chorar,
Prometi que hoje
Iria aguentar…
Mas preciso explodir
E de minha promessa desistir…
Tão forte me julgava,
Mas como fraca sou…
O meu peito em aperto
Grita de raiva e de dor…
Um grito tão intenso,
Que ninguém ouve
Mas que dentro de mim
Eu sei que se move!
Mas ninguém saberá…
Ninguém estas lágrimas verá…
Agora, novamente,
Vou sentar-me no meu canto
Escuro e isolado…
As lágrimas correrão,
Os soluços sairão…
Mas não… ninguém vai ouvir…
Vou chorar…
Mas amanhã
Só eu saberei!